sábado, 28 de junho de 2008

MAIS UM DIA, MAIS UMA, FOI, CONTINUA

"Vamos nos salvar! Segura ali, naquele arremedo de existência, enquanto a noite mostra que é só mais um dia depois...
Mas, escuta... Fica parado, encosta aqui... Eu vejo tudo se desintegrar e todos estão tão perdidos quanto nós.
Não há verdade além dessa embriaguez que consome todas as minhas esperanças... .
Eu já não vejo o amor como nas belas canções... Tão solitárias... .
Nós somos esta conversa entrecortada... Sem nexo, sem fim, sem começo.
Se eu soubesse a resposta, se eu não me sufocasse em indagações sem saber...
Meu Deus, onde você estará agora?
Eu gritei e ninguém ouviu do outro lado do balcão.
Eu quis prolongar este segundo maior, este momento que poderia ter sentido, eu racionalizo em palavras que jamais exprimiriam a verdade maior do meu peito... Peito?
Se eu ainda tivesse um, mas é apenas um estraçalhado cá e lá, farrapos que eu tento costurar nesta tarefa humana demais... E eu?
PORRA!
Eu não quero nada disso, eu quero sentir a vida crescendo para nada ser além desse sorriso na janela... E o seu dia como memória da vida...
Eu quero amar e guardar retratos em branco e preto do que nunca poderia ter sido perfeito...
Eu sou humana. E tudo é tão longe.
Minha mão aqui, sem sabedoria, sem palavras para dizer... .
Ao redor, apenas a bagunça de muitos dias, as memórias do que nunca foi bom e o seu fantasma sussurrando delirante no corredor.
Se eu sou feliz?
Eu sou viva, e todas as minhas histórias me fazem cantar uma música que ninguém conheceu.
Eu quero dizer para ninguém ouvir.
Eu quero ser humildemente,
Derrotadamente,
LIVRE! "

Um comentário:

Anônimo disse...

só quando a duras penas cortamos os laços do passado ( essa palavra com dois "esses" de saudade ), é que conseguimos vislumbrar um horizonte de três cores e sentir a lufada dos bons ventos da liberdade. Foda é achar a tesoura...
Beijões